Secretaria de Agricultura inicia o controle ao mosquito borrachudo

 

 

A SDR de Tubarão, representada pela Gerente Regional de Agricultura e Desenvolvimento Econômico Sustentável, Janaina de Souza Marçal de Bem, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura, por seu Secretário Vandoni Soratto, estão desenvolvendo, no município de Sangão, o Programa de Controle ao Borrachudo. O trabalho, que já vem sendo feito há anos, tem por objetivo diminuir a população de borrachudo em cerca de 80% a 90%, visando o conforto e o bem-estar da família rural.

Conforme o Engenheiro Agrônomo da Prefeitura Municipal de Sangão, Marco Remor, há dez anos a Prefeitura, juntamente com a população da comunidade de Chapada do Orvalho, iniciou um intenso trabalho voltado à diminuição da população de borrachudos no interior do município.

Primeiramente, as famílias foram conscientizadas quanto à limpeza dos ribeirões, diminuição de lançamentos de dejetos humanos / animais nos rios e a importância da preservação da mata ciliar para o equilíbrio ambiental da microbacia da Chapada.

Após este trabalho, foram organizados grupos de pessoas responsáveis pela aplicação, a cada 15 dias, do produto biológico – BTI (Bacyllus thuringiensis israelensis). Segundo o Secretário Vandoni, “O produto é custeado pela SDR-Tubarão, cabendo à Prefeitura a distribuição e conscientização ambiental da população”. Para o Presidente do Conselho Municipal de Agricultura (CMDR/Sangão), Romeu de Aguiar, “o produto BTI não é veneno e está disponível, sem custos, para as famílias que residem no meio rural, graças ao projeto de aquisição do produto encaminhado por ele, quando Secretário Municipal”, destaca.

Segundo Marco, que também Preside o Conselho Municipal do Meio Ambiente, o aumento da população destes insetos deve-se única e exclusivamente ao desequilíbrio ecológico causado pelo homem. “Costuma-se dizer que são pragas criadas pela humanidade”, ressalta o técnico municipal. De acordo com o técnico local, a aplicação iniciou neste dia 18 de novembro, em 12 nascentes da microbacia da Chapada do Orvalho. A comunidade beneficiada nesta primeira etapa não foi escolha aleatória.  É realizada em locais onde residem famílias de agricultores que vem sofrendo há anos com a incidência cada vez maior dos mosquitos. Além das pessoas, os animais também são alvos das picadas, principalmente as vacas, que ficam com os úberes inchados, dificultando a ordenha. O trabalho de controle vem sendo feito através da aplicação nas águas das nascentes e córregos.

Remor afirma que a toxidade do BTI é zero. Não representa nenhum perigo à saúde da população. Segundo o técnico, para diminuir a população de borrachudos, é preciso que toda a região siga regras básicas como parar de despejar fezes humanas e de animais em rios. Também é importante limpar mensalmente o leito dos córregos, eliminando material inorgânico, folhas e galhadas. Ainda, é necessário reflorestar as margens de rios onde existe claridade. Quanto mais escuro for o ambiente, haverá menos borrachudos. Assim, repovoa-se naturalmente os córregos e preserva-se o ambiente local. Tendo peixes, estes se alimentam das larvas e insetos, inimigos naturais que comem as larvas de borrachudo. Portanto, antes da aplicação do BTI, é fundamental a conscientização ambiental da população para reequilíbrio ecológico do meio agora degradado. Na semana seguinte, iniciam-se os trabalhos nas comunidades de Areão/Sanga Grande. Depois, a Comunidade de Areinha e demais lugares do município afetados pela praga.

 

Colaboração: Marco Antônio Remor

 

ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE SANGÃO