Praga mosca-do-broto é monitorada no município

A estação de pesquisa da EPAGRI em Urussanga através de sua pesquisadora Dra. Érica Pereira de Lorenzi (Entomologista) esteve em Sangão nesta quarta-feira (07) para implantação de um sistema de monitoramento da PRAGA MOSCA-DO-BROTO em lavouras de mandioca do município. Acompanharam a entomologista os Engenheiros Agrônomos da Prefeitura Municipal Marco Remor e Natalício Nandi, da Epagri Local. Neste trabalho, estão sendo monitoradas 4 propriedades rurais de Sangão nas comunidades de Orvalho II, Chapada do Orvalho e Sanga Grande.

Desde o ano passado, os agricultores locais começaram a observar a presença desta nova praga nas lavouras. Segundo Dra. Érica, causa muita preocupação os prejuízos causados até agora. É um inseto que ataca o broto da mandioca e que já ocorre em quase toda a região litorânea do norte de Santa Catarina. A fêmea efetua a postura entre folhas não expandidas do ponto de crescimento ou em pequenas cavidades feitas pelo ovipositor na parte mais tenra do broto. As larvas eclodem em cerca de quatro dias, perfurando o tecido tenro da planta e matando o ponto de crescimento. No broto afetado podem ser encontradas larvas esbranquiçadas. O dano ocasionado por esse inseto manifesta-se por uma exsudação amarelada (quando o ataque é recente) ou marrom (quando o ataque é mais velho), que pode ser vista no ponto de crescimento da planta afetada. As larvas matam a gema apical, podendo retardar o crescimento normal das plantas jovens e induzir a emissão de gemas laterais que também podem ser atacadas. As plantas mais jovens são mais suscetíveis. Ataques repetidos podem ocasionar o nanismo das plantas.

Coincidência ou não, na safra 2015/2016, os produtores foram unânimes em afirma que houve redução de produção de raízes como também de amido. Todas as variedades de mandioca em Sangão foram atacadas, as quais duas foram severamente atacadas pela mosca-do-broto (Aipim e Mandioca Sambaqui). As mandiocas mandin, vermelha e espetinho também sofreram o ataque da praga.

Segundo o Agrônomo Marco Remor, o monitoramento servirá para direcionar medidas de controle mais eficientes para o controle, por isso a importância de aumentar o conhecimento sobre a praga a fim de obter com maior precisão informações sobre a abrangência e intensidade da ocorrência em Sangão e região.

Colaboração: Marco Antônio Remor

Fonte: ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE SANGÃO