Palestra sobre Mosca-do-broto e seu ataque danoso em cultivares de mandioca é realizada em Sangão

Palestra sobre Mosca-do-broto e seu ataque danoso em cultivares de mandioca é realizada em Sangão

 

A estação de pesquisa da EPAGRI em Urussanga através de sua pesquisadora Dra. Érica Frazão Pereira de Lorenzi (Entomologista) esteve em Sangão nesta terça-feira, proferindo uma palestra realizada no salão paroquial de Sangão, para explanar a necessidade do monitoramento da PRAGA MOSCA-DO-BROTO em lavouras de mandioca do município. Segundo os Engenheiros Agrônomos da Prefeitura Municipal de Sangão, Marco Remor e Lilian dos Santos, da Epagri Local, a demanda por explicações sobre a praga se tornaram frequentes nos últimos anos. O Secretário Municipal de Agricultura Sr. Rogério Corrêa, salientou que a praga vem trazendo sérios prejuízos na produção de raízes como também afeta a produção de amido de mandioca.

Segundo a Dra. Érica Frazão Pereira de Lorenzi, a mosca-do-broto é um inseto que ataca o broto da mandioca e que ocorre em quase todas as regiões das Américas. A fêmea efetua a postura entre folhas não expandidas do ponto de crescimento ou em pequenas cavidades feitas pelo ovipositor na parte mais tenra do broto. As larvas eclodem em cerca de quatro dias, perfurando o tecido tenro da planta e matando o ponto de crescimento. No broto afetado, podem ser encontradas várias larvas esbranquiçadas. Nos últimos anos, em função da temperatura ter elevado em mais de 1ºC nos últimos anos, a região sul do estado, até então não sofria com a praga da mosca do broto, passou a conviver com os prejuízos causados pelo inseto. O dano manifesta-se por uma exsudação amarelada (quando o ataque é recente) ou marrom (quando o ataque é mais velho), que pode ser vista no ponto de crescimento da planta afetada. As larvas matam a gema apical, podendo retardar o crescimento normal das plantas jovens e induzir a emissão de gemas laterais que também podem ser atacadas. As plantas mais jovens são mais suscetíveis. Ataques repetidos podem ocasionar o nanismo das plantas. A Recomendação da Dra. Érica é cortar e destruir os brotos atacados, evitar plantios ao lado de lavouras de dois ciclos, retirar ramas depositadas ao lado da lavoura, como também realizar rotação de cultura, consórcio de plantas e plantio mais precoce, no máximo até final de setembro, a fim de reduzir a incidência da praga.