Caminhos da História: 3º Capítulo – Os Administradores
Uma grande cidade não se constrói sem a liderança de grandes administradores. E Sangão não foge à regra. Ao lado destes 23 anos, o município se desenvolveu com o esforço de grandes líderes em quem a população depositou confiança nas eleições.
Quem deu início ao sonho de trazer progresso e desenvolvimento foi o ex-prefeito Jaime Ondino Teixeira, popular Jaiminho. Eleito para ser o primeiro prefeito dessa terra, ele deixou sua marca de administrador e comandou o município nos seus primeiros anos de existência, contribuindo para que as obras estruturais importantíssimas fossem concluídas. Ele forneceu as bases para os passos seguintes da história sangãoense.
Em 1996, é eleito para comandar o executivo o senhor Paulo Jorge Machado, conhecido como Paulinho. Tendo como principal meta dar sequência ao desenvolvimento das proximidades, Paulinho foi administrador e tinha como principal característica o respeito ao dinheiro do contribuinte e, até o último ano de seu mandato, como todos os outros prefeitos, prezou pela boa aplicação dos recursos públicos.
A partir do ano de 2001, o ex-prefeito Jaiminho voltou ao executivo e imprimiu, até o ano de 2004, seu estilo de administrador e, novamente, deu a sua contribuição para que Sangão continuasse a trilhar o caminho próspero.
Entre 2005 a 2012, entrou para comandar Sangão o famoso, de acordo com o Governador Raimundo Colombo, prefeito trovador: Antônio Mauro Eduardo. O folclórico administrador tem o estilo “povão” e também deu a sua contribuição para que Sangão trilhasse um bom caminho. Sua marca foi a proximidade com o povo mais humilde e, ao mesmo tempo, a busca por obras que contribuiriam para o futuro. Até hoje, Antônio Mauro é muito conhecido na região por seu estilo simples.
Por fim, na lista dos administradores que comandaram a Prefeitura Municipal, está o atual Prefeito Castilho Silvano Vieira. Ele, no poder desde 2013, continua imprimindo um estilo de administrador e, ao mesmo tempo, está conseguindo deixar sua marca e entrar para a história, buscando se esforçar para melhorar a vida do povo.
Todos os prefeitos deixaram a sua marca em Sangão. A eles, que deixaram o seu nome na história, resta o agradecimento pelos 23 anos de emancipação, pois, cada um, com erros e acertos, ofereceu o melhor de si pelo desenvolvimento deste pedaço de chão.
Opinião
“Datilografei 118 ofícios para montar o processo de emancipação”
Sandro Duarte – Membro da Comissão de Emancipação
Na primeira vez que fomos a Florianópolis, fomos entregar ofícios e dar entrada no processo de emancipação. Visitamos o chefe de gabinete do Governador Kleinubing, que era o ex-deputado Pedrinho Bitencourt. O Vilson Nandi (ex-prefeito de Treze de Maio), à época assessor, trocou os ofícios na máquina de escrever por computador. Aí levamos os ofícios digitados para os deputados. O deputado que mais demonstrou apoio para a emancipação Sangão foi o Manoel Mota, pois era caminhoneiro e passava na “Rua do Fogo” antes da BR ser duplicada. No dia do meu casamento, na festa no Centro Comunitário Maria Cândida, foi marcada a primeira reunião relacionada à emancipação. A primeira reunião não foi muito proveitosa. Só a segunda, pelo comparecimento do Valdemar Zaccaron, de Estação Cocal, que foi secretário da emancipação de lá. Ele ensinou pra nós os caminhos para nos emanciparmos. Depois desse dia, as coisas andaram. A gente começou a fazer o processo e eu datilografei em uma máquina Remington (pertencente ao falecido Gonzaga, que era escrivão de Sangão) 118 ofícios para Deputados, vereadores, ex-prefeitos, prefeitos e diretores. Ao total, foram 331 ofícios naquela máquina de escrever. Foram ofícios para hospitais, paróquias, cartórios, pedindo apoio e confirmação do número de população para sindicatos, CELESC e a antiga TELESC. Diziam que o seu Didi Silvano e o Hilton Osny Pereira eram contra, mas não eram contra na verdade. Infelizmente o seu Didi morreu antes da emancipação do seu município e nem teve o prazer de ver seu neto Prefeito de Sangão. O ponto mais alto da emancipação foi um programa chamado “Que Beleza”, do apresentador Angelo Moro, que na época fazia sucesso na TV Eldorado, que foi gravado naquela figueira próxima do Salão Paroquial, na sede, onde todas as pessoas que faziam parte do processo de emancipação e autoridades politicas, na época, deram uma declaração, dando todo o apoio. Nesse tempo, uma dupla que entrou de gaiato na televisão pedindo pra aparecer: João Paulo & Daniel. Nessa época, o prefeito que nos apoiou foi o Hilário Nandi: passou máquina, intendência, escrituras e o advogado dele (Dilnei dos Anjos) ajudou fornecendo documentos. E Sangão evoluiu muito, pois rapidamente conseguiu melhoras nas estradas municipais, no atendimento ao agricultor, etc.
Fonte: Diário O Município