Sangão registra perdas na lavoura de mandioca

 

 

Conforme verificação in locu entre os dias 09 e 12 de março de 2009, realizados pelos Engenheiros Agrônomos Marco Antônio Remor (Secretaria Municipal de Agricultura de Sangão) e Fernanda Neves de Andrade (Projeto Microbacias), Karina Cirlei Patrício (Estagiária de Agronomia) solicitado pelo CMDR (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Sangão), nas diversas comunidades rurais do município, que após o plantio de ramas de mandioca (safra 2008/2009) ocorrida a partir de agosto de 2008 até outubro de 2008, ocorreram chuvas frequentes e excessivas nos meses propícios ao plantio, como também ao longo do desenvolvimento da cultura, até os dias de hoje, constataram que:

1°: As lavouras de mandioca, quando do plantio nos meses de agosto, setembro, outubro/2008 sofreram com chuvas intensas no referido período, ocorrendo morte direta da rama recém plantada. Estimasse que a perda já, neste momento, foi da ordem de 30%, sendo que houve replantio sem muito sucesso.

2°: No mês de janeiro 2009, época teoricamente mais propícia ao desenvolvimento vegetativo da planta, ocorreu ataque agressivo da doença bacteriose, conhecida popularmente como "Sapeca". A área atingida compreende aproximadamente 525 ha, e certamente resultará em perdas significativas na produção de amido das raízes.

3°: Com a persistência das chuvas ao longo de todo o período de desenvolvimento da cultura, observa-se nos dias de hoje um crescimento abaixo do esperado das ramas, refletindo num pequeno desenvolvimento das raízes, como mostra as fotos anexas.

A área da cultura de mandioca no município de Sangão, é a maior do Estado de Santa Catarina, com aproximadamente 1.750 hectares. Em anos normais, a produtividade média das lavouras sangãoenses fica em torno de 20ton/ha. A produção normal de raízes do município são 35.000 toneladas/ano.

Nesta safra 2008/2009, estima-se uma perda de 50% na produção, sendo que um número considerável de agricultores terá perdas de 100%. Além disso, haverá prejuízos sérios no que diz respeito à produção de rama para posterior plantio da safra 2009/2010.

Certamente os produtores terão sérios problemas na safra atual (perdas de 50% em relação ao ano passado) e, por consequência, terão dificuldades financeiras para o preparo do solo e plantio da nova safra. Assim, será necessária e relevante a compreensão e atenção das instituições financeiras, para que os agricultores possam saldar seus débitos com os bancos fomentadores de crédito agrícola.

 

 Fonte:MARCOS REIMOR