Município agora tem um hino

Iniciativa do Conselho de Cultura resgatou uma letra de uma canção feita nos primórdios da emancipação 

Sangão tem uma bandeira e um brasão desde sua emancipação, em 1992. Porém, até a algum tempo atrás, o município não tinha um hino. No começo do mandato do Prefeito Castilho Silvano Vieira, no entanto, os esforços na criação do Conselho de Cultura deram resultado, pois foi possível voltar ao passado e recuperar a letra do hino há muito tempo esquecido.

A autora do hino do município chama-se Rosa Elias Nazário. Dona Rosinha, como é conhecida, é uma mulher de 82 anos e reside há mais de 60 anos em Sangão. Ela conta que fora feito um concurso no município nos primórdios da emancipação, porém sem sequência nos anos posteriores: “Eu fui a Tubarão várias vezes na UNISUL (onde era realizada a gravação do concurso). Eram 38 participantes quando me inscrevi. Chegando lá no local da gravação, só ficaram oito, já que trinta tinham desistido. Falaram-me que a letra estava boa, mas faltava o refrão. Quando cheguei em casa, procurei inspiração divina e coloquei o refrão. Voltando ao local da gravação, descobri que só eu tinha ficado na disputa” conta.

Ainda, ela citou que a comissão à época aprovou o material: “Aí eles me falaram: Se a senhora pertencesse a Tubarão, por nós já estaria aprovado. Só que a equipe organizadora da cultura de Sangão é que tem que vir aqui dar o aval. E aí o tempo passou e não vi mais nada”.

Sob os cuidados do Conselho de Cultura, foi possível recuperar a melodia com a ajuda da autora e ter os trâmites necessários para homologar o hino. Desta forma, no dia 07 de setembro, pela primeira vez, a canção foi executada para um grande público presente no desfile de independência. Sobre o momento, Dona Rosinha foi enfática: “Foi uma sensação tão boa. Amigas pensaram que eu ia chorar, mas eu fiquei firme. Eu estava muito feliz” riu.

Segundo o Prefeito Castilho Silvano Vieira, a criação do Conselho de Cultura foi essencial para poder dar este presente ao município: “Criar o Conselho de Cultura foi importante para esta conquista. Assim, conseguimos dar andamento a esta iniciativa. Era o hino que Sangão merecia. E quanto a Dona Rosinha, a criadora, os nossos eternos agradecimentos. Ela deixou um legado para nossas futuras gerações”. 

ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE SANGÃO